Lição 4 – O Altar dos Holocaustos

2º Trimestre de 2019

ESBOÇO 
I – O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS (ÊX 27.1,2)
II – AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO (ÊX 27.6,7)
III – O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO

O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS

Elienai Cabral 

“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)

O Altar de Bronze (cobre) era o primeiro objeto que se via ao entrar pela Porta do Pátio. Ele fazia parte da liturgia de adoração do povo de Israel e ficava situado fora do santuário, ao ar livre dentro do Pátio. Esse altar foi erigido para oferecer sacrifícios a Deus para que fosse conquistado o perdão dos pecados. A posição do Altar, que ocupava o primeiro lugar naquele recinto, indicava que, para chegar-se a Deus no seu Santuário, os direitos e demandas da perfeita justiça divina precisam ser satisfeitas. Antes de gozar da comunhão com Deus, devemos passar por esse Altar, que é o lugar da manifestação da justiça e do amor de Deus.

Nesse altar, eram oferecidos holocaustos, que eram ofertas voluntárias que tinham por objetivo alcançar o favor de Deus. O animal era imolado fora do Pátio. Depois de tiradas as suas vísceras e a sua pele, o animal limpo era trazido e colocado sobre o altar.

A estrutura desse altar era quadrada, com dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de largura e dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de altura. A construção desse altar era feita com madeira de acácia (madeira muito resistente) e revestida de cobre por dentro e por fora. Nele eram oferecidos todos os sacrifícios a Deus, tanto os sacrifícios pelos pecados que eram queimados até virarem cinza, quanto os sacrifícios que eram holocaustos de gratidão e louvor a Deus pelas suas benesses. Dos holocaustos denominados “oferta pacífica” (ou de Paz), os ofertantes podiam comer da sua carne, sem sangue, e não podiam comer as suas vísceras. Do mesmo modo como se tomava o sacrifício e colocava-o sobre o altar, Jesus também foi levantado tipologicamente no altar do calvário para redimir a nossa alma (ver Lv 1.8,9; Jo 3.14,15; 12.32,33; Ef 5.2).

I – PARA QUE SERVIA O ALTAR DE BRONZE?

O Altar de Bronze servia para duas finalidades básicas no contexto dos rituais dos sacrifícios de animais: (1) para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma vez por ano (Êx 38.30; 30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha.

Servia para Serem Feitos os Holocaustos

Antes de querer entender o sentido teológico do Altar do Holocausto, precisamos conhecer o significado da palavra “holocausto”. O prefixo “olã”, no hebraico, literalmente significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Como esse tipo de oferta era consumido no fogo, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia para os ares. Ao entrar no Pátio, a primeira visão do ofertante era “o Altar do Holocausto”, construído para oferecer sacrifícios perante o Senhor. A palavra “altar”, portanto, sugere a ideia de “mesa” levantada, visto que a imolação das vítimas (animais) era colocada em cima do altar. Naquele lugar, era derramado o sangue dos sacrifícios pelos pecados do povo. O altar foi o único lugar onde Deus encontrava-se com o povo de Israel para reconciliação. Um animal limpo e sem defeito era oferecido ali em substituição ao pecador. Por causa da regularidade e frequência com que aconteciam os sacrifícios de holocaustos, eles eram chamados de “holocausto contínuo” (Êx 29.42). O animal sacrificado era totalmente queimado no holocausto, e o cheiro da gordura queimada sobre o altar exalava um cheiro que agradava a Deus; era um “cheiro suave, uma oferta queimada ao SENHOR” (Êx 29.18). Foi o que Cristo fez por todos nós, entregando-se por nós em sacrifício suave a Deus (ver Ef 5.2).

Servia para Ser Feita a Expiação pelos Pecados

Na oferta do sacrifício para expiação pelo pecado, a vítima, depois de imolada, era queimada, e o sangue do animal era separado e colocado num vasilhame e, em seguida, era aspergido sobre o Altar de Bronze. O Altar tinha quatro pontas, que também eram identificadas como chifres. Nessas pontas, o sacerdote tingia-as com o sangue do sacrifício. É interessante saber que o vocábulo hebraico saraph significa “consumir”; por isso, o sacrifício era consumido pelo fogo do altar. Quando o animal imolado e limpo era colocado sobre o altar de fogo, tornava-se maldito por Deus em lugar dos homens pecadores. Ora, entende-se que expiação é quando Deus perdoa o pecado de um pecador arrependido e abre o caminho para a reconciliação com o pecador mediante um sacrifício de um substituto. Deus aceitava o animal que era sacrificado no lugar do pecador, que deveria morrer por conta de seu pecado, mas que acabou sendo salvo por esse substituto que morreu em seu lugar. No NT, Jesus Cristo é o Cordeiro substituto que deu a sua vida pelos pecadores de todo o mundo (ver Jo 3.16). Jesus fez de si mesmo a oferta pelo pecado, e o seu sangue é o que “nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7).

Servia para Queimar o Incenso 

Havia uma distinção entre o Altar do Incenso, que era feito de madeira de acácia coberto de ouro (Êx 30.1-8), e o Altar de Bronze. Este Altar também usava o fogo para queimar o incenso que era composto de resinas, gomas e gravetos de plantas aromáticas. O composto do incenso tinha estoraque, ônica (ou onicha), gálbano perfumado e outras árvores odoríficas. Geralmente, o sacerdote tomava brasas do Altar de Bronze lá fora no Pátio com uma pá no fundo do altar e espargia o pó do incenso sobre as brasas do altar, fazendo exalar um agradável odor no ambiente do Lugar Santo. Era o símbolo das orações e intercessões em favor do povo de Israel. A fumaça do incenso subia e enchia o ambiente com agradável cheiro, que representava as orações que subiam até o trono da Graça (ver Lc 1.8-13; Ap 5.8; 8.3,4).

Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.

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Videoaula – pastor Elienai Cabral

Fonte: Portal da Escola Dominical Via CPAD News