Lição 10 – A Mordomia das Finanças

3º Trimestre de 2019

ESBOÇO GERAL
I – TUDO O QUE TEMOS VEM DE DEUS
II – COMO O CRISTÃO DEVE GANHAR DINHEIRO 
III – COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO

Elinaldo Renovato

Desde que surgiu o dinheiro ou a moeda como meio de troca para a aquisição de bens e serviços, o chamado “vil metal” tem ocupado lugar proeminente na vida da maioria das pessoas. No princípio da humanidade, as pessoas trocavam mercadoria por mercadoria. Quem tinha peixe e não tinha frutas procurava trocar peixe por verdura, mas quem tinha verdura não queria trocar por peixe, e sim por trigo; não raro, quem tinha trigo não queria trocar nem por peixe nem por verdura, mas por roupas. Era o chamado “escambo direto”, onde se desenvolviam as trocas diretas de mercadorias. Era um sistema rudimentar de economia, em que as transações tornavam-se por vezes demoradas e difíceis, quando os interesses dos negociantes não se harmonizavam.

Quando chegaram ao Brasil, os europeus usaram o escambo ou troca direta com os nativos. Trocavam espelhos, colares e outros bens por madeira preciosa, como o pau-brasil, animais exóticos, peles de animais, entre outras coisas, que tinham muito valor na Europa. Diante das dificuldades das trocas diretas, as pessoas usavam a imaginação em busca de soluções mais práticas. Descobriram que alguns produtos eram escassos e de interesse da maioria das pessoas. Assim, houve um tempo em que o sal, em sua forma bruta, era procurado e havia interesse do produto por praticamente todas as pessoas. Então, o sal passou a ser uma espécie de mercadoria-moeda. Quem tivesse sal poderia trocar por quaisquer produtos de seu interesse pessoal. As pessoas também aceitavam que o pagamento de seus serviços fosse feito em sal. Daí se originou a palavra salário. Ainda hoje, quando um produto ou serviço é caro, alguém diz que o mesmo é salgado.

O gado foi usado como “uma das primeiras mercadorias usadas como padrão para comparar os valores dos demais artigos” 1.  As pessoas perguntavam: “Esse produto vale quantas cabeças de gado?”; algumas dessas mercadorias tinham inconvenientes por serem perecíveis, perderem peso, etc. Outras mercadorias também serviram para meio comum de troca, tais como conchas, ouro, prata, cobre e outros minérios por seu valor intrínseco, por serem cobiçados pelas pessoas e por serem raros e usados para satisfazer a vaidade de muitos. Os metais, fossem eles em pedaços ou lingotes, eram bem aceitos como meio de troca. Eram leves e não se desgastavam. Depois, os metais foram cunhados com efígie de governos e confiados a pessoas que os guardavam e emitiam recibos em papel, que podiam servir para resgatar o metal depositado.

Tempos depois, com a evolução da economia, surgiu o papel moeda, que evoluiu para o que hoje conhecemos como meio de troca, a moeda fiduciária, o crédito bancário e, mais recentemente, até a chamada criptomoeda 2.  Em resumo, a moeda, ou o dinheiro em espécie ou em papel, títulos ou créditos fazem parte da economia moderna. O movimento dos recursos monetários é a base das finanças das nações. Tanto as nações como as pessoas nem sempre souberam lidar com o dinheiro por causa da má administração dos recursos econômicos e financeiros. Por outro lado, por haver “o amor ao dinheiro”, que é “a raiz de toda espécie de males” (1 Tm 6.10), países como o Brasil tornaram-se antros de corrupção desenfreada. Os cristãos precisam ser exemplo de referência na administração das finanças, as quais lhe são concedidas pela bondade e misericórdia de Deus. Reflitamos agora em alguns aspectos da mordomia das finanças por parte dos que valorizam a Bíblia como sua regra de fé e prática.

Texto extraído da obra “Tempo, Bens e Talentos”, editada pela CPAD.


1 LOBO, R. Haddock. Pequena história da economia, p. 26.
2 O QUE É CRIPTOMOEDA. Disponível em: https://financeone.com.br/. Acesso em: Ago 23, 2018. “https://financeone.com.br/. “A criptomoeda é um código virtual que pode ser convertido em valores reais. Sua negociação se dá pela internet, sem burocracias, sem intermediários, caracterizada pela ausência de um sistema monetário regulamentado e da submissão a uma autoridade financeira (por exemplo, o Banco Central do Brasil)”. NOTA DO ESCRITOR: Investidores devem ter cuidado com moeda que não tem regulamentação oficial.


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Videoaula – Pastor Elinaldo Renovato

Fonte: Portal da Escola Dominical